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  • jotaamaral5

Binóculo como instrumento para iniciar na astronomia amadora.

Atualizado: 20 de mai. de 2020

É um consenso unânime entre os astrônomos profissionais e amadores experientes que para iniciar na observação astronômica, o binóculo é o instrumento ideal para se familiarizar com as constelações do céu noturno, antes de adquirir um telescópio.

O importante no caso do binóculo é que suas lentes sejam de boa qualidade, com elementos dotados de prisma porro BK-4 ou BK-7. O recomendado para iniciar as observações é o 7 x 50, desde que possua boa luminosidade. Esses números indicam que o binóculo possui 50 mm de diâmetro nas objetivas (lentes da frente) com aumento de 7 vezes. Se dividirmos o número maior pelo menor (50 / 7), obteremos o valor aproximado de 7,14 que representa a pupila de saída do binóculo. Esse número é importante uma vez que nossos olhos no escuro, por mais dilatados que estejam (pupila), alcançam no máximo 7 mm. Por isso um binóculo que possua a configuração 50 x 7 (forma correta de se referir as medidas de um binóculo) terá uma pupila de saída idêntica a dilatação da pupila humana (equipupilar), possibilitando melhor aproveitamento da luminosidade dos objetos observados.

Um instrumento com essas medidas, além de proporcionar um aumento de sete vezes, permite:

  1. A uma distância de 1.000 m. tenha um campo visual de 130 m.

  2. A uma distância de 1.000 m. tenha um campo visual de 8 graus (480 ' de arco).

  3. Observar estrelas com magnitude até o limite de 10,2. (A vista desarmada enxergamos estrelas até a magnitude 6, em um céu sem poluição luminosa).

Obs: Lembre-se que a escala de magnitudes é uma escala inversa, ou seja, quanto maior o número, menor a magnitude portanto menos brilhante será a estrela.

O que podemos observar com um binóculo.

Os objetos que podemos observar com uso de binóculo são vários. Forneceremos aqui uma pequena lista para que o iniciante se familiarize.

  1. Lua - possibilidade de identificar crateras, mares, planícies, montanhas, etc.

  2. Júpiter - possibilidade de observar o disco iluminado de Júpiter e seus quatro satélites galileanos. Se for observado por várias noites, perceberemos as variações das posições desses satélites.

  3. Cometas - Um bom binóculo pode possibilitar uma observação da cauda de cometas quando de sua máxima aproximação.

  4. Estrelas e Nebulosas - Devido seu campo visual, luminosidade e pelo fato de fornecer imagens erectas idênticas quando olhamos a "olho nu", se munido de um tripé simples para evitar a vibração, permite uma observação confortável de uma infinidade de objetos, entre eles: aglomerado aberto das Plêiades ou as Híades na constelação de Touro.

  5. Estrelas duplas e múltiplas na constelação do Escorpião ou mesmo observar a faixa leitosa do céu noturno, nossa Galáxia, Via Láctea. Nas cercanias do Cruzeiro do Sul o Aglomerado aberto das Plêiades do Sul, a nebulosa escura Saco de Carvão e Aglomerado Globular Omega Centauro. Na constelação de Câncer, o aglomerado aberto do Presépio entre muitos outros objetos.

Fonte: Manual do astrônomo amador - NICOLINI, Jean - Ed. Papirus.






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